quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Renegociação da dívida

-> Quando Manuela Ferreira Leite, em 2004, anunciou que a dívida estava a crescer demasiado, e que era necessário tomar medidas sérias contra esse crescer da dívida... os investidores entraram em pânico!
-> De facto, para os investidores era imperioso uma descida do 'rating', pois só assim é que:
-1- seria possível aumentar os juros cobrados;
-2- seria possível 'deitar a luva' a determinados activos a preço de '''saldos''' (obs: saldos salvo seja, leia-se: empresas estratégicas para a soberania nunca deveriam ser vendidas!); resumindo: sem Estados endividados... não seria possível ter acesso a privatizações selvagens.
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-> CONSEQUENTEMENTE: trataram de dar a volta à situação:  Manuela Ferreira Leite foi enxovalhada pelos Media e apoiantes seus foram silenciados (nota: os Media são controlados pela superclasse)... em simultâneo... os Media deram amplo destaque a marionetas/bandalhos que apregoavam a cassete: «há mais vida para além do deficit».
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-> Bom, há séculos e séculos que o Negócio da Dívida é a mesma coisa:
- sempre que um agiota quer 'deitar a luva' aos bens de alguém... o agiota acena com empréstimos... que sabe que não vão conseguir pagar... porque... o agiota 'trata' de complicar a vida ao devedor!
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-> Todavia, hoje em dia, mega-agiotas não se limitam a acenar a famílias... eles acenam a países inteiros!
-» Nota 1: a Goldman Sachs chegou ao ponto de camuflar a dívida grega... para que depois... mega-agiotas pudessem deitar a luva a activos gregos (e não só...)  a preço de '''saldos'''!
-» Nota 2: Mais, a  Goldman Sachs chegou ao ponto de colocar elementos seus nas comissões de privatizações!
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Os Devedores deverão manifestar seriedade... todavia, no entanto, os Credores também deverão manifestar seriedade!
Explicando melhor: ao longo da História muito Credores têm caído na tentação de 'armadilhar' a coisa... com o objectivo de esmifrar  o Devedor (leia-se, 'deitar a luva' aos seus bens, perda de soberania,...).
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Os Credores andaram a 'comer' o Estado português, leia-se, andaram a 'comer' os contribuintes portugueses como OTÁRIOS!
De facto, mafiosamente, os Credores complicaram a vida ao Devedor: o Estado português.
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Os Credores também devem ser responsabilizados!
Na realidade, em vez de actuarem como Credores-esmifradores... os Credores devem  manifestar seriedade: leia-se, devem apresentar um plano que permita ao Devedor (nomeadamente, o Estado português) pagar as suas dívidas... sem desbaratar os seus bens, nem desbaratar a sua Soberania.
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O CONTRIBUINTE PORTUGUÊS TEM DE REAGIR face às mafiosices dos Credores-esmifradores!!!
A Islândia conseguiu colocar um TRAVÃO nos Credores-esmifradores:
- Islândia: a revolução censurada pelos Media, mas vitoriosa!
Resumo (tudo pacificamente):
- Renegociação/reestruturação da dívida;
- Referendo, de modo a que o povo se pronuncie sobre as decisões económicas fundamentais;
- Prisão de responsáveis pela crise;
- Reescrita da Constituição pelos cidadãos.
{Obs: Os políticos e os partidos políticos vão ter que se aguentar... leia-se, têm de passar a ser muito mais controlados pelos cidadãos... consultar o know-how islandês poderá ser muito útil: deve-se icentivar atitudes de participação cívica... que não sejam... gritar com megafones, derrubar barreiras policiais, etc}



P.S.
 Paulo Morais, professor universitário - Correio da Manhã – 19/6/2012
"Com estas artimanhas (...) os banqueiros dominam a vida política, garantem cumplicidade de governos, neutralizam a regulação. Têm o caminho livre para sugar os parcos recursos que restam. Já não são banqueiros, parecem gangsters, ou seja, banksters."
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 ---»» Uma revolução à Islândia... permitirá ao CONTRIBUINTE defender-se dos banksters.

4 comentários:

Anónimo disse...

http://doportugalprofundo.blogspot.pt/

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Sexta-feira, 23 de Novembro de 2012
Chegará o dia em que a Europa, por força dos políticos patriotas, porá fim à política criminosa de socorro europeu de bancos falidos à custa dos contribuintes dos países mais pobres. Deixará de ser válido o argumento falso de que o Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia proíbe o empréstimo indireto do Banco Central Europeu, via bancos públicos (ex. Caixa Geral de Depósitos), aos Estados a uma taxa de juro suportável (por exemplo, 1%).

É insuportável o esgotamento financeiro dos povos mais pobres que são forçados a suportar margens de juro absurdas para que os bancos alemães e de outros países ricos sejam pagos dos créditos contraídos junto deles pelos bancos privados e Estados dos países mais pobres.

Explico. O Banco Central Europeu empresta dinheiro a 1% (já não o habitual overnight de cedência de liquidez aos bancos privados, mas a três anos!) aos bancos portugueses, espanhóis, gregos, irlandeses e outros, mais ou menos falidos. Com esse dinheiro estes bancos compram títulos de dívida dos Estados pobres, cobrando juros exorbitantes. Quem fica com a margem? Os bancos privados destes países. Para quê? Para pagarem o crédito contraído por estes junto da banca alemã e de outros países ricos. Quem ganha, além destes bancos dos países pobres? Os bancos alemães e de outros países ricos que, de outro modo teriam que registar o prejuízo de não receberem o dinheiro que emprestaram e a própria federação alemã e outros Estados ricos que não têm de socorrer os bancos locais. E quem suporta a margem de lucro que os bancos europeus, uns e outros, encaixam? Os contribuintes portugueses e de outros países pobres. E a massa monetária- e o risco de inflação correspondente - não aumenta com os empréstimos do Banco Central Europeu, à banca privada? Sim: a inflação não é como colesterol: má com os empréstimos aos Estados, boa com os empréstimos aos bancos privados. Então, por que corre a Alemanha, e outros países ricos, esse risco? Porque melhoram a solvência dos bancos alemães e de outros países ricos, não tendo de os socorrer com dinheiro dos seus contribuintes. Quem deve custear a solvência dos bancos alemães? Paguem-na duplamente os contribuintes portugueses - através das prestações das suas hipotecas e através da margem cobrada aos Estados pobres pelos bancos nos empréstimos com spreads exorbitantes!...

Dirão os frequentadores deste refúgio: «então por que motivo os governantes portugueses não denunciam este facto e não lutam contra ele, juntamente com outros países na mesma situação?» Porque assim também protegem os seus bancos falidos, com o alibi da teoria política da prioridade da proteção da banca privada sobre a solvência dos cidadãos. Na verdade, assim socorrem-se os bancos privados todos: os dos países pobres que recebem garrafas de oxigénio que os mantém, moribundos mas vivos; e os dos países ricos que continuam a receber o serviço do crédito que concederam aos bancos e Estados dos países mais pobres. Quase todos ficam felizes: os bancos e os políticos promíscuos com os seus interesses. Quem se lixa é o mexilhão do contribuinte português...
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Anónimo disse...

Renegociação da dívida:
- http://arrastao.org/2694577.html

Anónimo disse...

Mais:
- http://trabalhosedias.blogspot.pt/2012/11/um-buraco-maior-que-o-mundo.html

Anónimo disse...

Qual é a razão para os cidadãos contribuintes suportarem dívida pública quatro vez mais cara do que os juros que o BCE cobra à Banca???!!!???