segunda-feira, 28 de março de 2011

A revolução que está a passar despercebida (leia-se: alvo de censura) nos media internacionais

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blog 'O Carvalhadas', domingo, Março 27, 2011:


Porque Portugal não é uma democracia, vejam o excelente artigo abaixo

Crise financeira mundial Islândia.
O povo é quem mais ordena. E já tirou o país da recessão por Joana Azevedo Viana, Publicado em 26 de Março de 2011 . A crise levou os islandeses a mudar de governo e a chumbar o resgate dos bancos. Mas o exemplo de democracia não tem tido cobertura Os protestos populares, quando surgem, são para ser levados até ao fim. Quem o mostra são os islandeses, cuja acção popular sem precedentes levou à queda do governo conservador, à pressão por alterações à Constituição (já encaminhadas) e à ida às urnas em massa para chumbar o resgate dos bancos. Desde a eclosão da crise, em 2008, os países europeus tentam desesperadamente encontrar soluções económicas para sair da recessão. A nacionalização de bancos privados que abriram bancarrota assim que os grandes bancos privados de investimento nos EUA (como o Lehman Brothers) entraram em colapso é um sonho que muitos europeus não se atrevem a ter. A Islândia não só o teve como o levou mais longe. Assim que a banca entrou em incumprimento, o governo islandês decidiu nacionalizar os seus três bancos privados - Kaupthing, Landsbanki e Glitnir. Mas nem isto impediu que o país caísse na recessão. A Islândia foi à falência e o Fundo Monetário Internacional (FMI) entrou em acção, injectando 2,1 mil milhões de dólares no país, com um acrescento de 2,5 mil milhões de dólares pelos países nórdicos. O povo revoltou-se e saiu à rua. Lição democrática n.º 1: Pacificamente, os islandeses começaram a concentrar-se, todos os dias, em frente ao Althingi [Parlamento] exigindo a renúncia do governo conservador de Geir H. Haarde em bloco. E conseguiram. Foram convocadas eleições antecipadas e, em Abril de 2009, foi eleita uma coligação formada pela Aliança Social-Democrata e o Movimento Esquerda Verde - chefiada por Johanna Sigurdardottir, actual primeira-ministra. Durante esse ano, a economia manteve-se em situação precária, fechando o ano com uma queda de 7%. Porém, no terceiro trimestre de 2010 o país saiu da recessão - com o PIB real a registar, entre Julho e Setembro, um crescimento de 1,2%, comparado com o trimestre anterior. Mas os problemas continuaram. Lição democrática n.º 2: Os clientes dos bancos privados islandeses eram sobretudo estrangeiros - na sua maioria dos EUA e do Reino Unido - e o Landsbanki o que acumulava a maior dívida dos três. Com o colapso do Landsbanki, os governos britânico e holandês entraram em acção, indemnizando os seus cidadãos com 5 mil milhões de dólares [cerca de 3,5 mil milhões de euros] e planeando a cobrança desses valores à Islândia. Algum do dinheiro para pagar essa dívida virá directamente do Landsbanki, que está neste momento a vender os seus bens. Porém, o relatório de uma empresa de consultoria privada mostra que isso apenas cobrirá entre 200 mil e 2 mil milhões de dólares. O resto teria de ser pago pela Islândia, agora detentora do banco. Só que, mais uma vez, o povo saiu à rua. Os governos da Islândia, da Holanda e do Reino Unido tinham acordado que seria o governo a desembolsar o valor total das indemnizações - que corresponde a 6 mil dólares por cada um dos 320 mil habitantes do país, a ser pago mensalmente por cada família a 15 anos, com juros de 5,5%. A 16 de Fevereiro, o Parlamento aprovou a lei e fez renascer a revolta popular. Depois de vários dias em protesto na capital, Reiquiavique, o presidente islandês, Ólafur Ragnar Grímsson, recusou aprovar a lei e marcou novo referendo para 9 de Abril. Lição democrática n.º 3: As últimas sondagens mostram que as intenções de votar contra a lei aumentam de dia para dia, com entre 52% e 63% da população a declarar que vai rejeitar a lei n.o 13/2011. Enquanto o país se prepara para mais um exercício de verdadeira democracia, os responsáveis pelas dívidas que entalaram a Islândia começam a ser responsabilizados - muito à conta da pressão popular sobre o novo governo de coligação, que parece o único do mundo disposto a investigar estes crimes sem rosto (até agora). Na semana passada, a Interpol abriu uma caça a Sigurdur Einarsson, ex-presidente-executivo do Kaupthing. Einarsson é suspeito de fraude e de falsificação de documentos e, segundo a imprensa islandesa, terá dito ao procurador-geral do país que está disposto a regressar à Islândia para ajudar nas investigações se lhe for prometido que não é preso. Para as mudanças constitucionais, outra vitória popular: a coligação aceitou criar uma assembleia de 25 islandeses sem filiação partidária, eleitos entre 500 advogados, estudantes, jornalistas, agricultores, representantes sindicais, etc. A nova Constituição será inspirada na da Dinamarca e, entre outras coisas, incluirá um novo projecto de lei, o Initiative Media - que visa tornar o país porto seguro para jornalistas de investigação e de fontes e criar, entre outras coisas, provedores de internet. É a lição número 4 ao mundo, de uma lista que não parece dar tréguas: é que toda a revolução islandesa está a passar despercebida nos media internacionais.



P.S.
A superclasse (alta finança internacional - capital global) controla os media, e não só...
A superclasse ambiciona um Neofeudalismo - uma Nova Ordem a seguir ao caos...
A superclasse andou a fomentar o caos por todo o lado... e agora defende uma Nova Ordem - Joe Berardo (19/02/11): "um novo género de ditadura que todos temos de aprender".

P.S.2.
Existe algo que cada vez é mais óbvio: a voragem do capital global contra o Estado-Nação!...
Na voragem... os governos fragilizados... são depois pressionados/empurrados [de várias formas...] no sentido de vender activos dos Estados.

P.S.3.
Não deixa de ser impressionante: o Clube de Bilderberg faz dezenas de reuniões com centenas de membros... e tudo passa incólume nos Media!!!
{Um livro de Daniel Estulin, em formato digital, está aqui}

P.S.4.
O FULCRO da Revolução na Islândia não é o discutir "pagamos" versus "não pagamos"... mas sim, o 'corte' com as regras da superclasse (alta finança - capital global):
- a superclasse (nota: controlam os media) quer Democracias-Fantoche... leia-se: Democracias facilmente manobráveis por lobbys...
- a superclasse não está interessada em Democracias aonde os cidadãos exijam, não só maior transparência aos governos, como também o Direito de VETAR as 'manobras' com as quais não concordam!

P.S.5.
No seguimento do texto que encontrei no blog 'O Carvalhadas', encontrei um outro texto a circular na internet que pode ser visto, AQUI.

8 comentários:

Anónimo disse...

É essa/esta a “liberdade” que nos espera… Um contexto de desemprego e crise permanentes acompanhados de cartelização das empresas/corporações prestadoras de cuidados de saúde (ETC), e subsequente aumento de preços. Assim a populaça vai ser dominada.

Até que um dia dar-se-á um banho de sangue em algum lado e virá um “new deal” outra vez…

Liberais e comunistas têm de facto muito em comum: ou são tolos ou são perversos…

Anónimo disse...

A “democracia” como as pessoas pensam que ela existe,de facto não existe.
É tudo uma gigantesca fraude.
A Situação a que chegamos foi planeada meticulosamente para por o nosso País e a nossa gente de joelhos.

Alguem acha que este endividamente não foi previamente planeado?
A divida é a nova forma de escravatura.Se endividas um País ele torna se escravo da alta finança.
O objectivo final passa por querer impor a regionalização numa altura de tensão social para dividir o País,e depois disso fatear esta nação com 900 anos para ser completamente engolida pelos globalistas maçonicos do clube bilderberg.

Os partidos não passam de agencias e empresas internacionais travestidas de partidos para darem uma sensação de escolha,elas respondem directamente ao clube bilderberg e a sua missão é só uma:
Delapidar os sectores estrategicos,privatizar as joias de ouro,decapitar qualquer força opositora(no caso de Portugal a PJ e o Exercito) e depois criar uma policia privada mercenaria e um gigantesco complexo de vigilancia electronica.

menvp disse...

O Sr(a). anónimo referiu que muitos partidos políticos estão infiltrados de 'Bieldbergos', mas não só os partidos... os SINDICATOS também... veja-se o Terrorismo_CGTP:
- A filosofia do Terrorismo_CGTP é a seguinte: quem possui regalias acima da média... deve 'martelar' os mais fracos (um ex: aqueles que, como eu, estão dependentes dos transportes públicos para ir trabalhar)... para que depois os mais fracos façam pressão sobre o governo... no sentido de que este satisfaça as pretensões dos grevistas... frequentemente... desbaratando activos do Estado!

Anónimo disse...

Estrategias Planetárias do Clube Bilderberg , vejam:
- http://www.syti.net/ES/Organisations.html

pvnam disse...

---> A superclasse (alta finança internacional - capital global) é anti-povos que pretendem sobreviver pacatamente no planeta...

---> A superclasse (alta finança internacional - capital global) protege o pessoal gerador de caos no planeta!
---> Um exemplo: o pessoal que anda numa corrida demográfica pelo controlo de novos territórios.
---> Mais, o que caracteriza o Nazismo não é o ser 'alto e louro'... mas sim a busca de pretextos (adoram evocar/inventar pretextos) com o objectivo de negar o Direito à Sobrevivência de outros!...
---> Pode-se ver quem anda por aí a efectuar uma sistemática busca de pretextos: O Nazismo Mafioso (um exemplo: a Inquisição Mestiça) repudia Hitler... mas, simultâneamente, o seu comportamento é hitleriano: andam por aí numa busca de pretextos... com o objectivo de negar o Direito à Sobrevivência de outros... nomeadamente, as Identidades Étnicas Autóctones.

Anónimo disse...

FMI: "Resgate à Islândia tem lições a dar aos países em crise".
Política de um Estado que soube usar a sua soberania democrática tem lições a dar aos países em crise: transferir alguns dos custos do ajustamento para os credores, instituir controlos de capitais, manter a protecção social e recorrer a uma política cambial assente na desvalorização da moeda fazem parte do menu. Por contraste com a destrutiva desvalorização interna em curso nos países sem soberania, através da quebra dos salários nominais e do desemprego de massas permanente, esta opção islandesa revelou-se mais rápida e eficaz a estimular exportações e a desincentivar importações, com efeitos favoráveis na procura, teve custos para os trabalhadores, em termos de quebra dos salários reais, incomparavelmente menores e reversíveis, evitou a destruição de emprego em curso no euro-sul e não exigiu alterações regressivas nas regras laborais e sociais com efeitos negativos permanentes na correlação das forças sociais, um elemento decisivo da economia política da nossa desvalorização interna. Muitas lições. Só falta quem as queira aprender.

Anónimo disse...

Islândia o Exemplo censurado

Anónimo disse...

Mais:
http://insustentavelbelezadosseres.blogspot.pt/2012/09/islandia-revolucao-silenciada-mas.html